Embora seja um tema de debate recente no Brasil, há registros da prática do telediagnóstico desde a década de 1940 nos Estados Unidos, quando as imagens radiológicas eram transmitidas por linha telefônica entre as cidades de West Chester e Filadélfia, Pensilvânia.
O Institute for Supplementary Health Studies aponta que, a partir desse trabalho, radiologistas canadenses criaram, na década de 1950, um sistema de telerradiologia.
Hoje essa prática já está avançada e em vários países há experiências com resultados importantes relacionados ao telediagnóstico.
Um deles é um programa implantado no México em 2010 para rastrear e diagnosticar o câncer de mama em mulheres de 50 a 69 anos.
Uma rede de 30 pontos de triagem localizados em 11 estados foi conectada via internet a dois centros de interpretação para que os exames fossem analisados por especialistas.
Embora o telediagnóstico já exista há algum tempo no Brasil, a primeira iniciativa do governo federal relacionada a essa prática teve início em 2011 com a expansão do Programa Nacional de Telessaúde.
Cada estado utiliza o telediagnóstico para relatar diferentes tipos de exames de acordo com o seu maior número de requisitos. O Rio Grande do Sul, por exemplo, tem mais problemas respiratórios e concentra o serviço de telediagnóstico em testes nessa área.
Isso melhorou o atendimento nas unidades básicas, que passaram a contar com especialistas, e também reduziu custos para o poder público.
Para que serve o telediagnóstico?
O principal objetivo do telediagnóstico é aproximar os especialistas da população, principalmente daquelas que moram longe dos grandes centros, onde a maioria dos profissionais de saúde está presente, e também agilizar o processo de emissão de protocolos de exames, que, dependendo da complexidade, podem economizar vidas.
No Brasil, país com grande número de comunidades isoladas e regiões com escassez de médicos, o telediagnóstico aparece como uma excelente alternativa para melhorar o atendimento à saúde da população.
Esse tipo de serviço é mais aplicado em hospitais e clínicas que buscam outras instituições de referência para troca de informações.
Tendência
A telemedicina no Brasil e no mundo está em expansão. No Brasil, as tecnologias avançadas já estão em fase de testes e as inovações não chegarão ao mercado com mais rapidez devido à demora nos processos burocráticos de verificação.
A tecnologia é vista como uma forma de democratizar o acesso à saúde como um todo, não apenas nas questões relacionadas ao diagnóstico e tratamento de doenças, mas também desempenha um papel importante no monitoramento e prevenção.
O telediagnóstico estará, portanto, cada vez mais presente na vida de todos os brasileiros. A implementação dessas tecnologias e tipos de serviços não só aumentará a autonomia das clínicas médicas em relação aos pacientes, como mostra interesse na agilidade dos processos e acesso a especialistas renomados no país, mas hoje é uma forma de reduzir custos .
A contratação de serviços de telemedicina também é vista como uma oportunidade de aumentar a receita, pois as horas que os profissionais da clínica hoje gastam prestando contas de exames podem ser aproveitadas para aumentar a produção em outras atividades.
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